Humberto depois de um tempo afastado volta a escrever no malditovivant, dessa vez trazendo uma novidade que nem saiu do forno ainda, o Novo Disco do Scorpion.


Por Humberto Domiciano

No começo do ano, o Scorpions anunciou que o novo álbum, “Sting in the Tail”, seria o derradeiro na vitoriosa carreira dos alemães. Desconfianças à parte, o que temos, em primeira mão, é uma banda soando quase como iniciante, trazendo o melhor dos últimos dois lançamentos, “Unbreakable” e “Humanity: Hour 1”, misturado com o principal dos anos 80, como “Love at First Sting” e “Crazy World”.

O veredicto deste humilde escriba é que este é um grande concorrente a melhor do ano. A banda soa como há muito não se via e se esta for mesmo uma despedida, o Scorpions deixará para trás o melhor dos legados.

Raised on Rock: Riff pesado e melódico. O encontro do Scorpions dos anos 80 com os anos 2000. Klaus Maine canta maravilhosamente e mostra isso mais uma vez. Som que deve ser obrigatório nos shows da derradeira (?) turnê. De alguma forma esse som lembra a clássica “Rock You Like a Hurricane” e suas quebradas matadoras. Um excelente início.

Sting in the Tail: Você leitor, diga, quantos álbuns tem na faixa título a mais fraca? É aqui que mora o principal problema do lançamento… Moderna demais, apesar do bom riff, a música se arrasta. O que salva no final das contas é bom solo de Mathias Jabs.

Slave Me: No início da resenha, alertei sobre o fato do encontro do Scorpions atual com os gloriosos anos 80. Pois aqui temos o melhor encontro. Quebradas, riff forte e bom refrão. O que o fã de hard rock pode esperar? A banda na sua melhor forma! Impossível não sentir vontade de balançar a cabeça com essa porrada.

The Good Die Young: Proto-balada… Começo lento, música querendo acelerar e bom riff. Refrão moderno, que ao mesmo tempo remete a coisas mais antigas… Deve estar presente nos shows da turnê de divulgação do novo trabalho.

No Limit: Hard rock vigoroso. Fazia tempo que o Scorpions não fazia algo assim. Refrão com a voz duplicada, bateria forte pontuando tudo. Como o hard rock deve ser, direto, pesado e reto. Se esta for mesmo a despedida dos alemães, mostram que pararam em um momento muito bom.

Rock Zone: Mais uma das modernas. Música razoável, não lembra nenhum clássico da banda e anima que descobre o grupo agora. Mais uma vez Mathias Jabs tira o jogo do empate, com um excelente solo.

Lorelei: Finalmente a primeira balada. Se não é das melhores, está longe de ser das piores. No entanto falta algo para está música. Talvez mais emoção ou um pouco de peso.

Turn You On: Uma que relembra clássicos. Som que embala, vai crescendo e vale a pena ser ouvida mais de uma vez. Destaque mais uma vez aos trabalhos de guitarra.

Sly: Se sentia falta de baladas, eis mais uma. Ao contrário da primeira, esta tem mais cara de Scorpions. Klaus emociona e mostra porque é influência para muitos vocalistas do hard rock, sem afetações mostra como deve ser um bom ‘romantic song’.

Spirit of Rock: Bom riff, vocal perfeito. Mais uma aula de como se deve fazer. Viva Scorpions!

The Best is Yet to Come: Semi-balada. Violões, clima tranquilo. Se for mesmo uma despedida, o que fica é muito bom. O bom gosto mais uma vez prevalece.

Velhotes em Boa Forma