TOP TAPE – Clássicos de Terror

Inaugurando este novo segmento do Blog, onde eu dou sugestões dos melhores filmes de um tema específico. Assim começa o TOP TAPE [homenagem a antiga distribuidora de filmes], junto com o especial de dia das bruxas, nesta semana teremos o melhor do terror.

faixa Terror

No final dos anos 70 a meados dos 80 o terror era o gênero mais vistos na tela grande, e como tradição em todo o verão americano, um filme novo entrava em cartaz, foram ai que nasceram Jason, Mike Mayers, Fredy entre outros.

5º O Exorcista – 1973

Este filme fez tanto sucesso na época que foi indicado para 10 Oscars [um recorde para um filme de terror], mas não venceu nenhum, só naquele mesmo ano venceria 2 Globos de Ouro, entre eles o melhor filme. O Filme apesar de abusar de certos efeitos visuais [maravilhas da época] é um filme realmente simples e tem seu roteiro baseado num livro, que também é baseado em um caso real [até hj negado pelo vaticano].

Sinopse: Durante escavações arqueológicas realizadas no Iraque, uma antiga estátua é encontrada, libertando um demônio chamado Pazuzu, que gradativamente vai apoderando-se do corpo da jovem Regan MacNeil. A garota vive com sua mãe e aos poucos, começa a sofrer drástica alteração de seu comportamento, tendo hábitos estranhos como urinar na frente de convidados ou vociferar palavrões. Assustada, a mãe de Regan resolve adotar um tratamento psiquiátrico na tentativa de livrá-la do mal. Como não obteve resultados, ela é aconselhada a procurar uma solução no exorcismo.

Pq o filme se tornou um clássico ?

  • O uso exagerado dos efeitos especiais da época [cabeças girando, vômito e sons grutuais]
  • A tensão crescente do filme, que começa com o diagnóstico da filha, onde ela é levada a tratamentos de choque até a sua total possessão.
  • A batalha entre Pe.Merrin e o demônio, esta batalha foi gerada em uma desavença no passado e o Demônio esperou quase 40 anos para ter sua vingança e apesar da queda do Padre, ele consegue salvar a garota.
Pega ela Padre Merri

Pega ela Padre Merrin

4º A Profecia – 1976

Certa vez o meu professor me disse: “Insinuar as vezes surte mais efeito do que mostrar”[tudo bem q na época falávamos da sensualidade feminina] mas essa reflexão serve para quase tudo no mundo. E neste filme cai como uma luva, alguns dizem que “A Profecia” é um rival direto do Exorcista, mas não vejo deste modo. A Profecia que recentemente ganhou um remake [filmado em 2006], é muito mais sutil do que o Exorcista, o filme é todo cheio de suposições sem provas concretas que Damien seria o filho do Demônio.

Sinopse: O filme conta a infância de Damien Thorn, trocado após o seu nascimento pelo filho natimorto de Robert Thorn, embaixador americano no Reino Unido. Damien agora tem 5 anos de idade. O que o diplomata e sua família não sabem é que ele é na verdade filho de Satã, nascido de um chacal na sexta hora do sexto dia do sexto mês, e destinado a ser o Anticristo. Um padre que sabe da verdade sobre Damien alerta um cético Robert sobre o que seu filho realmente é. Robert só começa a acreditar no aviso do padre após uma série de mortes bizarras de pessoas ligadas de alguma forma à Damien – a começar pela sua primeira babá, o próprio padre em questão e a esposa de Robert.

O que faz do filme um clássico?

  • Seu filme é feito de maneira bem simples e todo o seu terror é induzido.
  • Alguns acidentes ocorreram no meio das filmagens como: os cães usados no filme atacaram os próprios donos, um dos colaboradores que trabalhou no Zoo morreu após ser atacado por um leão.
  • Damien, este garotinho de cabelos negros [pintado] e estilo soturno, aterrorizou uma geração de jovens.
O Primeiro EMO que colocou medo na história

O1º EMO que colocou medo

3º Halloween: A noite do Terror – 1978

Este filme é tido como o percussor do Slasher dentro do terror, e faturou a espantosa quantia de 47 milhões de Dólares [apenas na terra do tio SAM] só que para fazer o filme eles apenas gastaram 325 mil dólares, um valor muito baixo até mesmo para os padrões da época. O filme recebeu um Remake em 2006, mas só chegou ao Brasil em 2009 e todo cortado sua segunda parte estréia lá fora no fim do ano, aqui ainda sem data de estréia.

Sinopse: O ano é de 1963, Michael Myers, uma criança de 6 anos, ataca a própria irmã, Judith Myers com uma faca e é trancado no Instituto Psiquiátrico Smith´s Grove, onde fica sob os cuidados de Dr. Sam Loomis, e 15 anos mais tarde, o maníaco escapa do manicómio e passa a perseguir três jovens: Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), Annie, e Lynda . O Maníaco torna uma obsessão para o psiquiátra Dr. Loomis, que passa a seguir os passos do seu paciente serial killer.

Pq o filme é um clássico?

  • Assim com Jason, Michael Myers é um monstro imbatível[vc pode atirar nele, jogar ele do telhado ou mesmo bater com uma pá na cabeça dele. Ele não vai parar] e com uma sede de sangue voraz, sua obsessão pela sua irmã que o move no filme inteiro.
  • Apesar de ter feitos outros filmes do tipo, foi Halloween que deixou Jamie Lee Curtis famosa, a tornando um símbolo sexual da época.
  • Sua canção inicial é uma das mais famosas do mundo do terror e foi feita pelo próprio Diretor Jonh Carpenter.
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Um cara calado mais muito profissional

2º Sexta-Feira 13: Primeira Parte – 1980

Jason o maior assassino de todos os tempos, não aparece neste primeiro filme o assassino é sua mãe que busca vingança pelo que aconteceu com seu filho. Este ano o filme recebeu um excelente Remake, digamos que o melhor desta nova safra de Remakes.

Sinopse: Em 1957, Jason Voorhees morre afogado na colônia Crystal Lake. Em 1958, um primeiro casal de jovens foi brutalmente assassinado. Mesmo depois de vinte anos, a maldição ronda a colônia de férias, que agora é novamente reaberta em 1979. Um a um, os jovens vão sendo eliminados com requintes de crueldade.

Pq este filme é um clássico?

  • As mortes 10 no total, das mais diversas e criativas formas possíveis[nunca subestime uma mãe furiosa]. O filme foi premiado pela utilização e inovação de vários recursos de cenografia que faziam as mortes parecerem reais.[Hj em dia não se faz mais terror como antigamente]
  • Marketing, o filme foi lançado em uma sexta feira treze e na época os jornais estampavam a frase em um pequeno quadro negro “Eles foram avisados. Eles estavam condenados. E na Sexta-Feira 13, nada os salvará”[Lotando as salas de cinema da época]
  • A máscara de Hoquei, a face escondida do personagem e as inúmeras continuações fazem o personagem uma lenda do Slasher.

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1º A noite dos Mortos Vivos – 1968

Este filme deu fama a George Romero e o colocou como o mestre de filmes de Zumbies, com um orçamento de apenas 114 mil dólares e um retorno de 30 milhões dentro dos Estados Unidos, o filme é o maior sucesso deste diretor. O roteiro é uma critica a sociedade do pós Vietnã e a violência que a América estava sofrendo.

Sinopse: [Leia este post publicado no dia 31.11]

Pq o filme é um clássico?

  • Apesar de não ser o primeiro filme de zumbi da história, ele é o pai do estilo “Zumbie Apokalipse” e George Romero por criar esta obra prima com tão pouco dinheiro se tornou o Mestre do Estilo.
  • Por não ter tido dinheiro na época o filme foi feito em P&B e a maioria das cenas foi filmada direta sem cortes, dando maior autenticidade ao filme.
  • O final apocalíptico, o final é tão chocante que chegou a ser proibido em alguns estados Americanos e em alguns lugares do mundo. Tudo isso por comparar os Zumbies com os Humanos.

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[Alugue e veja, até o próximo TOP TAPE]

Onde tudo começou

Por Humberto Domiciano

faixa Terror

O dia 13 de fevereiro de 1970, uma sexta-feira, teria tudo para ser uma data normal. O mundo passava por um período sem grandes turbulências e a música só teria como fato relevante o fim dos Beatles, alguns dias depois. No entanto, na mesma Inglaterra, o Black Sabbath dava seus primeiros passos e o heavy-metal começava a ser criado. O clássico trazia boa parte de sua carga macabra a partir da capa, onde uma foto de uma mulher em um terreno baldio da cidade de Birmingham estampava o peso da bolacha que estava sendo lançada. Segue abaixo pequenos comentários sobre cada faixa do lendário álbum, lembrando que analisei a versão japonesa, que conserva uma ordem diferente das músicas.

black-sabbathBlack Sabbath Sinos, guitarra distorcida, baixo pontuando tudo e vocais macabros de Ozzy. Se o heavy-metal fosse um ser humano, esse seria seu parto. Um nascimento diabólico, assustador e pesado. A música vai crescendo e com ela o seu peso. Tudo termina em um excelente solo do sr. Iommi.

The Wizard A temática medieval faz parte de toda a história do metal. Aqui, o Sabbath explora isso de uma maneira bem interessante. O som começa com uma gaita e passa a ser acompanhada pelo peso característico da banda. “Misty mourning, clouds in the sky…”, canta Ozzy e mais um clássico. Essa música ficou bastante tempo fora dos set-lists do Sabbath e só voltou em 1994, na turnê do “Cross Purposes”.

Behind the Wall of Sleep – Outro grande som. Riff matador, vocal impecável e pela primeira voz aparece a bateria de Bill Ward. Essa música também ficou fora dos shows da banda por um longo período, até aparecer de maneira magistral no “Reunion”.

N.I.BRiff de baixo permeado por outro riff de guitarra e temos mais um clássico. A letra conta a história do diabo que se apaixonou por uma dama. “My name is Lúcifer, please take my hand” coroa a grande performance dos garotos de Birmingham. Uma curiosidade sobre o som é o significado da sigla N.I.B. Segundo o baixista Geezer Butler, que escreveu a letra, não há uma razão especial para o nome. No entanto, diversos estudiosos do Sabbath, afirmam que as letras significariam ‘Nativity in Black’.

Evil WomanAqui as coisas ficam um pouco mais leves. A regravação de um som da obscura banda Crow conta a história de uma mulher, digamos do mal, que atrapalha a vida de um sujeito. Mais uma vez o Sabbath trataria do tema amor e não faz feio.

Sleeping Village – Quase instrumental, a música tem uma atmosfera celta no seu início, depois parte para um riff legal, bom solo de baixo e bateria marcante. De longe a mais obscura do disco.

The Warning – Outra regravação do álbum, a música foi lançada originalmente pelo veterano baterista Aysnley Dunbar (Frank Zappa, Whitesnake, Journey e uma porrada de bandas). Aqui temos outro caso de amor mal resolvido e essa é viagem mais longa do disco.

Wicked World – Para fechar a destruição, uma outra porrada. O riff tem um que de Zeppelin e a letra faz uma crítica ao mundo hippie da época. A sujeira e a merda de vida que os quatro levavam na industrial Birmingham com certeza influenciaram a composição, outra boa música, que também desapareceu dos sets da banda até hoje.

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