Em primeira mão, Kiss!

Por Humberto Domiciano

kiss-fireO grande lançamento do ano do rock com certeza é o “Sonic Boom”, do Kiss. O trabalho, primeiro da atual formação, é aguardado pela costumeira falação de Paul Stanley e Gene Simmons, que prometeram um Kiss clássico no álbum. Em parte os velhos senhores entregam o que tanto falaram. Há algumas faixas que realmente lembram os anos 70, mas no geral o trabalho pode ser encarado mais como uma continuação do excelente “Revenge”, lançado em 1992. Abaixo seguem alguns breves comentários sobre as músicas do trabalho.

Modern Day Delilah: A primeira faixa que vazou. Toques que remetem aos anos 70, mas no geral é um som que poderia estar no ‘Revenge’ ou ‘Psycho Circus’.

Russian Roulette: Mais um som que volta aos anos 90. Cantada por Gene, a música começa bem, mas perde um pouco no refrão. Destaque para o bom solo de Tommy.

Never Enough: Finalmente temos o Kiss. Bons riffs, vocais interessantes do Paul e mais um solo legal do Tommy. Faixa curta, que é mais um misto de anos 80 com anos 90.

Yes I Know (Nobody’s Perfect): Faixa animada. Uns toques mais modernos, tem alguns traços do álbum solo do Paul, “Live to Win”.

Stand: Outra faixa mais ‘moderna’. Refrão pegajoso, boas melodias e mais uma vez excelentes vocais do Paul. É a faixa mais anos 2000 do cd. É mais longa também, com direito a coro de quatro vozes no finalzinho.

Hot and Cold: Novamente Gene toma o microfone e traz mais um excelente som. O clima festeiro mais uma vez impera e inevitável não associar a música a mulheres, carros e cervejas.

All For the Glory: Sem querer ser chato, mas a modernidade volta ao disco. Refrão não ficou muito legal, com vozes sobrepostas e repetitivo. A mais fraca do álbum.

Danger Us: Mais um Kiss clássico. Riff soberbo, vocais na medida certa, cozinha funcionando perfeitamente e mais um solo do surpreendente Tommy Thayer. Essa faixa com certeza será tocada nos shows, ou pelo menos deveria.

I’m an Animal: Som pesado. Tem a cara de Gene. Remete mais uma vez aos anos 70. Acho que de todas é uma que poderia estar facilmente no “Rock and Roll Over” ou no “Love Gun”.

When Lightning Strikes: Parece que os ‘tiozinhos’ deixaram o melhor para o final. Outro som empolgante. Com bastante ênfase nas guitarras, a faixa é uma pedrada. Vale destacar o refrão que é um dos melhores do disco.

Say Yeah: É incrível como o som é parecido com ‘Modern Day Delilah’. Só que um pouco mais moderna. Fecha bem o cd.

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